O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, mais uma vez demonstra estar desconectado da realidade da população brasileira. Em entrevista recente, Neto se posicionou contra a unificação das eleições, defendendo que o país continue gastando bilhões de reais com pleitos a cada dois anos. A proposta de unificação, que avança no Senado com amplo apoio, visa economizar recursos públicos e acabar com o modelo arcaico que esgota os cofres e desgasta a democracia.
Enquanto o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Otto Alencar, celebra os avanços da PEC que propõe mandatos de cinco anos e fim das eleições bienais, ACM Neto prefere defender um sistema que mantém o desperdício de dinheiro público. Segundo Otto, só nos últimos quatro anos, o país gastou R$ 15 bilhões com três eleições, dinheiro que poderia ter sido investido em saúde, educação e infraestrutura.
A posição de ACM Neto não é só um retrocesso, mas também uma afronta direta ao bom senso e ao desejo da população, que está cansada de ver dinheiro público ser usado para financiar campanhas políticas, enquanto faltam hospitais, escolas e investimentos em segurança pública. Otto foi contundente ao afirmar que “ou o Congresso acaba com a eleição de dois em dois anos, ou essa eleição acaba com o Congresso”.
Fica evidente que ACM Neto está mais preocupado em manter os interesses de uma classe política acostumada aos privilégios e aos altos custos das eleições, do que em garantir um país mais eficiente e uma democracia mais saudável. Sua resistência à modernização do sistema eleitoral escancara seu apego ao velho modelo político, centrado na manutenção de estruturas caras, ultrapassadas e prejudiciais ao povo.
Ao contrário de líderes que pensam no futuro, Neto se firma como um político que insiste em olhar para trás, protegendo um sistema que serve mais aos caciques políticos do que à população. Sua postura contrária à PEC revela não só miopia política, mas também uma enorme insensibilidade social.
